domingo, 23 de janeiro de 2011

Perguntinha básica....



O mais importante do dia de hoje é pra onde estou indo. Pra onde estou indo? Que viagem é esta que, supostamente, eu construí. Não sei, eu tenho dúvidas. Não, não tenho. Sei que, em parte, eu construí. Mas sei também que existe uma construção maior, algo que eu chamo de conspiração cósmica. Há detalhes ainda não explicados. ‘Rumos desta prosa’, como eu costumo dizer, que ainda não sei. Não sei grande parte do destino (da vida e da viagem mesma). Princípio da incerteza na vida.

Tenho poucas respostas. Fico em dúvida como, de repente, tudo se fez, como num passei de mágica. “Foi tudo muito rápido!”, me disse alguém que gosto muito. Sim, eu também não imaginei que seria assim. Eu mesma tinha dito que não queria mais, que não faria, que era loucura. Depois de setembro, tudo parecia ter perdido sentido, um certo sentido, embora houvesse outras pistas, quanto a minha necessidade profissional de expansão e a percepção de que isso aconteceria no interior (neste caso, me refiro a interior do Rio Grande do Sul, embora, pelo meu jeito introspectiva, o interior também seja sempre, também, o meu interior).

Às vezes, eu penso algumas coisas para minha vida, que mais parecem sonho... penso assim: “E se acontecesse tal coisa, como seria? Acho que seria bom, porque, de repente, a vida mudaria, teria uma graça e tal”, e me ponho a mirabolar como poderia ser se o tal acontecimento se fizesse acontecimento real e não apenas acontecimento imaginado. Pimba! De repente, do nada, aparentemente do nada, o cosmo se movimenta e as coisas começam a caminhar naquela direção. Fico, então, pensando nos ensinamentos da Física Quântica e no cuidado necessário para os desejos que a gente entrega ao Universo. Em geral, se o desejo tem consistência de desejo, ou seja, se ele adquire certa intensidade de energia... ele tende a se constituir devir, ou seja, é o que deve vir a ser. Isso é bom, mas também exige cautela com o os rumos desejantes internos.

Por sorte, eu não tenho dúvida quanto ao que desejo. Por sorte, meu desejo não foi feito às pressas, por impulso inconsequente de quem não pensa. Ao contrário, pensar é uma das coisas que mais faço e que mais gosto de fazer. Mais um defeito de fabricação, digamos assim. Gosto de outras também, lógico, mas pensar me faz bem... me sustenta, ainda que também me trave, às vezes, e me torne por demais explicativa... É assim: produz-se pensamento, eu penso, penso.. repenso e depois digo...aí é que eu me complico. Nem todo mundo quer explicações. Nem sempre é preciso partilhar explicações. Às vezes, é melhor guardar... bem, é o custo de ser uma teórica, reflexiva, ou de passar muito tempo comigo mesma, em produção intelectual...o processador satura. Olha só... estou eu explicando de novo. Ainda bem que tenho o Margaridas Brancas... assim posso escrever e, aí, se alguém quiser... lê.. se cansar.. não lê...enfim...

Bem, não vou me estender muito. Também não vou contar pra onde estou indo. Outro dia eu conto. Como eu disse, há muita coisa do ‘desfecho’ que ainda não sei. Sei que estou indo para onde queria ir. Eu conheço a situação. Sinto que estou sendo levada para um rumo desejado, mas também traçado, de alguma forma, por uma instância maior. Então, que Deus me proteja e me ajude a ser a Malu Amorosa Pazza, em qualquer lugar, como profissional de Comunicação, como profissional de Rádio, como Educadora, Jornalista, Empresária, Doutora em Ciências da Comunicação e, também, como Malu Pessoa Mulher, simples ser humano na vida, cheia (repleta) de defeitos. Assim, qualquer que seja o destino, humildemente agradeço. Sei que vou sozinha, assim como tenho vivido grandes viradas da vida, nos últimos tempos, e que não vou sozinha, porque Deus me cuida. Obrigada.

2 comentários:

  1. Perguntinha básica que todos nos fazemos.
    Achei maravilhoso Malu, é muito bom ler sobre isso quando se está em situação parecida.

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  2. Pois é, Juliana.. a situação é típica, para todos nós que ousamos ir adiante, em busca de melhores momentos. beijo.

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