terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Encontro de Leoas 5



Maria Luiza: Malu, Maluzinha, Maluquinha do meu coração (já que não tenho outro)... me diz uma coisa: Você enlouqueceu de vez? Ou foi impressão minha?

Malu: Não....estou normal. Quer dizer, no meu normal.

Maria Luiza: Ah tá, entendi. Normal maluca de atar...isso! Entendi.

Malu: Não me incomoda. Fiz o que achei que tinha que fazer. Não sou mulher de ficar de braços cruzados. Eu sei, falo demais... eu sei, amo demais... eu tudo demais. Mas ultimamente ando sofrendo demais também. Então...perdido por um perdido por cinco. Tanto faz. Ao menos abro meu coração. Digo as coisas que penso, vislumbro possibilidades e, se não for assim, sigo em frente... não vou morrer.

Maria Luiza: Muito fácil falar. Eu já te disse. Você é impulsiva, tem que se controlar. Ser mais sensata. Tá ficando velha e não se apruma.

Malu: Velha é você! Eu sou de dentro a jovem adulta. Tem muita gente com aparência de jovem que não tem a energia que eu tenho.

Maria Luiza: Eu sei. Você é uma bomba humana!

Malu: Um vulcão. Seria mais apropriado chamar de um vulcão. Mas um vulcão de amorosidades, de energia boa, de coragem... de vontade de ser feliz. Minha vida está passando e eu sei bem que não estou aqui a passeio. Ou eu faço alguma coisa ou o tempo passa e vou ter que esperar a outra encarnação. Na brincadeira toda, já vão sete anos... é tempo demais...

Maria Luiza: Mas você tem que entender que existem os tempos dos outros... das outras pessoas. Nem todo mundo tem seu ritmo... decide e pronto.

Malu: Eu sei e isso é uma das coisas que me enlouquece. Não é fácil de lidar. Mas eu penso que cada um tem que fazer suas escolhas. Mas eu faço as minhas...investimentos desejantes em felicidade. Eu sei o que busco. Eu posso adaptar, ceder, mudar um pouco a direção, ajustar... sou flexível nesse sentido... só não vou deixar o tempo passar... ficar pensando ‘na morte da bezerra’... não tenho vocação para paralisar...a minha parte da vida eu quero em ALEGRIA!

Maria Luiza: Vichi.. hoje você está impossível! Não vai adiantar conversar. Quando você está assim, sai falando.. agindo.. depois eu é que me ralo....

Malu: Nem sempre. Às vezes, você também se dá bem. Olha, eu tenho a vida para recomeçar essa semana. Só isso. Fecho o livro. Começam as atividades em Caxias do Sul, na UCS, estou de volta para o trabalho em rádio, sigo coordenando filhos e funcionários, planejando e trabalhando na Pazza Comunicazione (www.pazza.com.br). Estou lutando para voltar para o karatê e já está acertado que esse ano inicio dançar flamenco, que é um dos meus sonhos... Criatura.. pensa bem.. acha que posso me fechar em dores?

Maria Luiza: Está bem. Está bem. Depois não diga que não avisei.

Malu: Dona Maria Luiza, eu aprendi uma coisa, se você quer algo, abre a boca e diz. O risco é não receber, mas o pior é ficar na ‘expecta’, na espera, dependurado na quimera, no quem dera.. e se fosse e se não fosse e se desse.. .ai Meu Deus... que a vida siga.. que tudo se defina...e eu seja feliz em Caxias do Sul.

Maria Luiza: Então tá.. eu silencio... pra variar.. você não me pergunta antes...nem depois. Não pergunta nada. Sente, derrama sentimento e sai vivendo.. vamos ver no que vai dar. Depois conversamos.

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