sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

AMOR DERRAMADO

Inicio, como é próprio do meu iniciar...
Com o verbo amar...
Com o gosto do amor pelo que faço
Pelo encanto e intensidade do traço
De artista do cotidiano,
Viciada em Comunicação e poesia...

Não sou, é certo uma celebridade do amor.
Não sou apontada nas ruas como a que tudo sabe sobre o amor...
No amor, até hoje, mais errei que acertei...
Apaixonada pelo ser humano e seus mistérios
Sigo, então, assim amorosamente
Errante, desconhecida, incógnita....
Ser humano comum
Comum no jogo de amor e desamor.
Incomum, apenas na loucura
Pelo amoramar...
Pela sandice de declarar, aos quatro ventos....
Esse jeito irremediavelmente condenado ao amor sem conta...

Ando um tanto desesperançada com o humano, é verdade
Pela sua incapacidade mesma de amar,
De manifestar o amor nas suas múltiplas manifestações.
De se entregar despudoradamente ao amor que chega...
Que arrebata o peito feito casa arrombada...
Que atira o sujeito contra os rochedos
E o faz deslizar feito a água que desaparece
Por entre as pedras...
Depois da arrebentação....

Mas mesmo assim, não sei iniciar de outra maneira....
Só sei seguir adiante com esse amor derramado
Amor sem medidas, sem meias palavras...
Amor incontido...

O amor de que falo, no entanto, não é o amor piegas,
O amor romântico,
Aquele que significa anulação do ser que ama
Em função de um Outro amado...
Não.
Falo do amor que se espalha... como uma filosofia de vida...
Uma postura epistemológica.... nas múltiplas ações....


Então, não vá me dizer que é tarde...
Não vá me dizer Que pena!
Se for pra dizer isso, não me diga nada.
Mas se em você respira um tanto de desejo de viver e compreender o amor, de experenciar a doce e prazerosa vivência de amar,
Então, é melhor, se apressar... ajeite-se, apronte-se....me encontre. Malu Pazza

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