terça-feira, 29 de maio de 2012

DESENTENDIMENTOS INTERNOS: AS LEOAS DE NOVO...




Malu escrevendo: E então do alto daquela montanha, em um platô de pedras, era possível avistar o vale. A cena é recorrente, ela pensou.

Maria Luiza: A cena é emblemática, mas já foi tantas vezes utilizada em filmes, em narrativas audiovisuais. Não  há nada de inovador em buscar desfechos observando o vale. Mais uma vez, estás em um lugar comum da existência.

Malu prossegue: Não, o lugar era incomum. Havia ali um pouco de tudo. Era uma espécie de síntese dos melhores momentos, dessas que aparecem quando a gente vai morrer – dizem. Não posso dizer se é assim, eu nunca morri. Não que eu me lembre.

 Maria Luiza: Também isso, eu acho que li em um texto do Veríssimo... Sim, li. Parece que se chama “Toda a vida”. Então, você não consegue escrever 10 linhas sem citar alguém. Bela escritora você é.

Malu: Então tá, já que você resolveu me incomodar. Tudo bem, agora o golpe mortal. Uma do Legião: 

Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

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