O ‘converseiro’ das crianças em casa, desta vez, todos
reunidos. Risos e uma movimentação acelerada, (re)descobrindo aqui e ali, dos
cantos e objetos da nossa casa de Porto Alegre. De repente, a Chiara surge com
o patinete! O Pietro quer dividir... Giuseppe trouxe o skate. Giulia nos
esperou com a mesa pronta para o lanche. Há tempos, eles não se reuniam, todos,
neste apartamento. Ora um, ora outro ficava em Caxias do Sul, por motivos vários.
Desta vez, não. “Estão todos aqui!”, eu constatei, com imensa alegria e
satisfação. Estão todos aqui, como eu tanto quis. Como eu esperei esse momento
de retomada, momento resultado de muitas idas e vindas, pra construir os “momentos-família-reunida”!
Pietro na cabeceira da mesa. Ele se mostrava visivelmente
emocionado. Cada um de nós, no seu posto, definido em outras épocas. Havia um
brilho no olhar e o riso brotava solto, por razões simples, singelas, às vezes,
sem razão aparente. ALEGRIA! É a
palavra. Então, entreolhamo-nos, como se
o tempo não tivesse passado, como quem sabe que o que se construiu, em nós, como
substrato amoroso de família, é realmente mais forte que ventos e tempestades,
que premonições catastróficas. Havia em nós olhares e risos cúmplices, de uma
história partilhada e de superações tantas.
Lembrei da frase, que eu lhes ensinei e tantas vezes
repetimos juntos, envolvendo o nome que demos à família: “Magiupiepechiá: um só
coração!”. A família é união, respeito, convivência, segurança, confiança,
amor! Que Deus permita que possamos seguir essa experiência de vida
compartilhada com as pessoas que amamos! Viver o amor possível, superando desafios e
dificuldades de cada um de nós. O amor real, sem idealizações, sem expectativas
mirabolantes, sem cobranças de perfeição ou de adequação a modelos. O amor que
valoriza cada segundo de convivência, cada olhar e riso trocado, cada palavra
de afeto e experiência corriqueira do cotidiano. O amor que se basta, porque se
sabe que ‘é’. Está em nós, pra sempre,
instalado e que assim vai permanecer. Sempre e sempre mais!